Socar a parede, engolir lágrimas, decepcionar-se.
Peço desculpas, não por ter amado, mas por ter dependido e acreditado.
Quero sangrar, quero que as lágrimas rolem.
Infeliz é a certeza de que não posso prometer a mim mesma que nunca acreditarei de novo.
Sentir a dor, quer mais, querer parar.
Como Alice, sinto-me caindo sem a menor expectativa de chegar ao final da queda.
Piorar e piorar, até quando isso é possivel?
Tentarei me afastar de tudo aquilo que me faz bem, pois me torna dependente, me trás decepções.
Peço desculpas, nçao por ter me afastado, mas por pensar por um segundo que fosse que vocês também se importavam comigo.
さようなら
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
I've been a puppet, a pauper, a pirate,
A poet, a pawn and a king.
Faltava bem pouco para chegar em casa, talvez mais um ou dois pontos quando ela entrou. Carregava umas três sacolas enormes de maneira desengonçada, mas ainda assim graciosa. Sim, eu sei que isso não faz muito sentido, mas tenho uma tendencia a me apaixonar pela beleza natural das coisas e pelas coisas naturalmente belas. Ela não tinha nada de especial, não estava muito bem vestida, não tinha explendor algum em seus movimentos, mas não havia nada de artificial na beleza dela. Assim como o oposto, isso me encanta.
Ela parou de pé perto de mim e, quando eu estava prestes a me oferecer para segurar uma de suas sacolas, o homem ao meu lado se levantou para descer do ônibus. Ela sentou aliviada naquele lugar e pude ouví-la suspirar: "Que sorte. Não acreditava que ia a pé até lá." Um pequeno sorriso infantil em seu rosto. Como qualquer criança esperta, ela não precisava de muito para sorrir. Disfarcei e sorri junto com ela. Pensei em esperar mais um tempo no onibus, saber onde ela iria descer, oferecer ajuda com as sacolas, mas já não sou mais uma criança esperta. Desci e voltei a me preocupar com tudo aquilo que preocupa os adultos. Sorte a minha que minha alma ainda é uma criança e consigo não me frustrar com isso. Consigo apreciar as coisas.
Neste momento Frank sussurra em meus ouvidos, tenho um milhão de coisas à fazer, mas... por hora... só quero ficar aqui e sorrir.
domingo, 2 de agosto de 2009
I die without you
Sua mão deslizou sobre a gelada e escura madeira. A sensação daquele toque, naquele momento, era como ouvir em seu coração todas as sad songs que já o haviam feito chorar até então. Um arrepio arrasador correu da ponta de seus dedos, subindo seus braços, até sua nuca. Sentiu a garganta se fechar contendo a lágrima nos olhos, sentiu o olhar pesado das pessoas nos bancos de madeira atras dela, sentiu o peso das palavras que não vinha a nenhum deles naquela hora, sentiu o peso de ter que falar todas as coisas felizes a respeito da historia dela, sentiu as lágrimas rolarem incontrolavelmente ao chegar no final de seu discurso e deixar uma sutil rosa branca sobre o tampo de madeira.
Nada mais fazia o menor sentido. As cores não estavam lá, os sorrisos não etavam lá, o ar... sua vida se fora na vida daquela a quem amava.
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